“Porquê a população já tem acesso irrestrito às tecnologias necessárias para fazer a telemedicina acontecer” Fernando Cembranelli
Sem dúvida alguma, uma das tecnologias que mais vai impactar a saúde nos próximos anos é a telemedicina. Contudo, de acordo com o Conselho Federal de Medicina a Telemedicina, ou fazer consultas de forma remota, entre médicos e pacientes é uma prática proibida no Brasil, sem perspectiva de mudança nos próximos anos.
Mas, ao preparar ontem uma aula sobre Telemedicina e suas perspectivas futuras, alguns dados ficam evidentes:
- Hoje, existem 7,22 bilhões de celulares disponíveis no mundo, superando as 7,2 bilhões de pessoas existentes no planeta
- A telemedicina se define como o diagnóstico ou tratamento de pacientes através de tecnologia de telecomunicação
Ou seja, conforme os dispositivos móveis e as tecnologias de telecomunicação vão se desenvolvendo e se tornando cada vez mais prevalentes em nossa sociedade, mais acessível é para profissionais de saúde e pacientes fazerem uso destas tecnologias para receberem diagnóstico e tratamento de suas condições de saúde.
De forma ímpar, o WhatsApp já é utilizado na realidade de saúde brasileira, para comunicação entre profissionais de saúde e pacientes, apesar de ter inúmeras limitações do ponto de vista de segurança da informação e registro das informações.
Mais ainda, os dispositivos móveis celulares são um fenômeno sem precedentes na história da humanidade, indo de zero a mais de 7,2 bilhões de unidades em três décadas, modificando profundamente a forma como nos comunicamos, buscamos saúde e organizamos o nosso tempo.
Neste sentido, a regulação da telemedicina no Brasil é fundamental para trazer maior segurança e garantir um crescimento sustentável para este fenômeno, mas não há dúvida alguma que a telemedicina cresce no Brasil, nas mesma medida que cresce a base instalada de dispositivos móveis e rede de tecnologia de telecomunicação.
Afinal, num país de dimensões continentais, com graves desafios de mobilidade urbana, podemos, de fato, defender que somente a interação presencial é a forma legítima de interação entre médico e paciente ?
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Atenciosamente,
Fernando Cembranelli
CEO Health Innova HUB
Acredito que o CFM assume uma posição muito conservadora ao ser contra a regulamentação da telemedicina no Brasil. É um fenômeno mundial e peça-chave na busca da sustentabilidade do nosso sistema de saúde. Melhor seria assumir uma postura pró-ativa e ser protagonista do que querer bloquear a qualquer custo e ver iniciativas surgirem a revelia, como o caso da oftalmologia em Porto Alegre, com desfechos que qualificam a atenção à saúde da população brasileira.