“O que é Transformação Digital na Saúde e qual sua importância ?” c/ Romulo Aguiar, Transformação Digital, Fleury

Rômulo Aguiar possui larga experiência em Gestão de Projetos, Product Owner e Transformação Digital. Ao longo de sua carreira, se especializou em Práticas Ágeis, UX, Design Thinking, MVP e outras vertentes relacionadas à inovação e transformação.

Atualmente faz parte do Grupo Fleury e durante um bate-papo contou um pouco sobre sua visão do atual cenário digital do Brasil e do mundo.

HIHub: O que é Transformação Digital?

Romulo: Um novo jeito de encarar/vivenciar os negócios. Novas formas de encarar as informações e trabalhar com elas, viver de forma conectada, mas lembrar que a tecnologia é apenas o meio. Os conceitos mudam.

H: Existe relação com a mudança de mindset?

R: #Fato, pois temos que reaprender algumas coisas.

H: Ou é consequência da tecnologia mais frequente na sociedade?

R: Também entendo que é uma consequência da tecnologia, é um mix, no meu ponto de vista.

H: Por que é importante setores mais conservadores da saúde refletirem sobre essa transformação?

R: Pelo simples fato de que os seus clientes mudaram, os negócios mudaram, os conceitos mudaram.

H: Mudaram ou tiveram experiências melhores?

R: Ter uma experiência melhor é uma mudança, o que vemos hoje é que você não compra um produto só por ele mesmo, mas pelo beneficio que ele traz, e pela jornada que você teve.

H: Qual/Como é a interação homem-tecnologia na saúde hoje?

R: Podemos citar o IoT monitorando as pessoas, os diversos App para cuidar da saúde. E as buscas de interpretações de resultados na internet.

H: O Paciente 2.0 é real? Quais as consequências dessa interação?

R: No meu ponto de vista é REAL, mas aqui no Brasil em passos lentos, e temos a questão das leis que regem as áreas de saúde. Mas a tecnologia vai tirar o “controle do governo” e teremos menos intervenções.

H: O ser humano ainda é resistente em relação a novas tecnologias?

R: O pessoal da geração de 70 e 80 sim.

H: Qual será o divisor de água nessa questão?

R: A revolução 4.0 vai mudar as coisas, no fundo o divisor de água será a IoT e sua utilização, e o senso de que teremos que ser muito especialista.

A tecnologia será somente o meio. Exemplo, o Big Data sempre existiu, só estamos usando a informação de um jeito mais nobre.

Além da proatividade do paciente 2.0, outra questão relevante nesse ponto são os dados criados por esses mesmos pacientes. Os dados criados por esses novos usuários são completamente diferentes dos tradicionais, o que pode criar insights para a próxima onda de pacientes que deve expandir e se tornar cada vez mais autônoma em relação à própria saúde.

Essa nova interação é determinante para que os players entendam seu novo papel nesse processo, moldando seu comportamento para que o usuário se sinta independente e confortável com as novas abordagens das empresas. O famoso UX será determinante nesse novo conceito de Paciente Digital.

H: Qual a relação da Transformação Digital com a 4a Revolução Industrial e como a Saúde é impactada?

R: Total interação! A forma de fazer as coisas estão mudando, e forçando as instituições mais quadradas a se remoldarem. A saúde é impactada com a velocidade exponencial, de novos meios de aprendizagem e o processamento tecnológico pode mudar e fazer as vezes do pensamento médico.

H: Você acredita que quando a geração Y e Z forem predominantes no mercado, as instituições terão uma evolução exponencial constante?

R: #Fato, o ponto é, o quão maduro estamos usando as informações de hoje para projetar algo mais relevante e inteligente, levando em consideração que o lucro como conhecemos hoje não será mais o mesmo… ( Ex: economia sem moeda).

As novas gerações trarão mindsets extremamente transformadores, com perspectivas únicas e abordagens disruptivas, a questão é: elas terão informação de qualidade para retrabalhar o futuro?
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