” Inovação, colaboração e coragem são essenciais para transformar a saúde”, Felipe Rizzo, Healthcare Advisor Indicator Capital

Durante anos a área da saúde conviveu com um enorme problema: a falta de conhecimento em negócios por parte da comunidade.

Isso ocorria pelo fato de que a área sempre foi singular em relação às demais, com clientes com as mais diferentes necessidades, prestadores de serviço de diferentes segmentos e indústrias de diferentes setores compondo o ecossistema.

A complexidade da área dificultou algumas evoluções, tanto em questões administrativas quanto em questões de acesso à saúde pela população.

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Por sorte, ao longo dos anos essa barreira foi quebrada, e profissionais com alto nível de conhecimento em negócios puderam transformar a área e acelerar o crescimento de empresas do meio.

Felipe Rizzo é um ótimo exemplo de transformador de negócios. Rizzo possui Bacharelado em Economia na PUC-Rio e Mestrado em Administração de Empresas na COPPEAD/UFRJ.

O background do Rizzo combina conhecimentos financeiros, de marketing e comerciais. Nos últimos 17 anos, trabalhou em instituições como Dresdner Bank, Petrobras, Accenture e General Electric, desenvolvendo projetos em diversas indústrias (Banco de investimento, Petróleo e Gás, Petroquímica, Cartões de Crédito, Bens de Consumo, Setor Farmacêutico, Varejo, Companhias Aéreas e Saúde) para impulsionar a transformação do negócio e o crescimento lucrativo.

Rizzo estará conosco no curso de Empreendedorismo em Inovação em Saúde, e nos conta um pouco sobre suas experiências no mundo dos negócios e da Saúde.
HIHub: Qual a sua jornada na Saúde? 

Felipe Rizzo: Sempre trabalhei com desenvolvimento de negócios, mas os últimos 10 anos da minha carreira foram completamente focados em saúde. Fui contaminado pelo propósito de ajudar a salvar vidas e melhorar a saúde da população. Aprendi que o setor precisava de uma transformação profunda e que apesar dos desafios estarem claros, executar as mudanças não é uma tarefa fácil. Quanto mais me aprofundo no tema, percebo o quanto exigirá tempo, mudanças de visão, gestão, comportamento e incentivos. E a inovação, colaboração e coragem para desafiar o status quo serão cruciais para essa transformação.

Business strategic planning

H: Como um MBA na COPPEAD te auxiliou em um cargo de liderança LATAM?

FR: Considero um privilégio poder dedicar dois anos da minha carreira inteiramente a um MBA/ Mestrado full time. Sem dúvida a experiência mudou a minha velocidade e qualidade de aprendizagem, aumentou a clareza quanto a visão de negócios e estratégia e me abriu uma nova perspectiva quanto às dificuldades de transformar teoria em realidade (e o quanto o entendimento do comportamento humano é fundamental na implantação de qualquer grande mudança).

H: Quais são os desafios em Transformação Digital, focando no modelo de negócios?

FR: Essa é uma grande transformação e existem diversos desafios (Regulação/ Legislação, infraestrutura e padrões de TI, apetite/ capacidade/ fontes de investimento, qualificação de mão de obra), mas acredito que o maior de todos esteja relacionado a mudança de modelo mental da indústria como um todo.

Ai vão alguns:

  • Engajar em um outro nível de colaboração com os demais players da cadeia produtiva.
  • Abandonar as antigas certezas/ conforto momentâneo do modelo de negócios atual e voltar a ser aprendiz.
  • Gerenciar x Evitar riscos.
  • Se preparar para arriscar práticas novas e focar em aprender com os erros.
  • Não esperar pela mudança e ser parte dela.

 

Rizzo

H: Quais os desafios das Startups de Saúde em trabalhar com grandes corporações?

FR: Na minha visão são organismos com a mesma natureza porém em momentos muito distintos de maturação. Em muitos aspectos acho que podemos traçar um paralelo entre uma criança/ adolescente e um adulto/ idoso. Ambos tem suas qualidades e defeitos. É importante saber reconhecer, admitir e respeitá-los para que se tenha uma relação saudável. Especificamente quanto aos desafios por parte da Startup, acredito que tenham relação com:

  1. Conseguir chegar até a(s) pessoa(s) correta(s) na organização
  2. Saber traduzir a sua visão em discurso sucinto, embasado por uma clara ótica de negócios. Ser preciso e adicionar valor em cada interação.
  3. Despertar o interesse dos executivos em suportar o desenvolvimento da idéia/ empreendimento (relação ganha-ganha). Saber ler o real interesse.
  4. avançar dentro de um ambiente com um nível de velocidade, burocracia e jargão bem distintos de uma startup. Planejar levando como base essa realidade e não depositar todos os ovos numa mesma cesta.

 

H: Quais os aprendizados obtidos a partir de suas experiências em Hackathon?

FR: Como gestor dentro de uma corporação, é muito importante ter muita clareza quanto ao que se busca com esse tipo de iniciativa. Isso poupa frustrações futuras, tanto por parte da empresa quanto dos participantes da competição. Uma hackathon pode ter como objetivo:

  1. Posicionamento no Mercado: movimento de aproximação com o ecossistema de inovação. Acesso a novas ideias, oportunidades de mercado e soluções.
  2. Marketing: Branding/ Awareness/ posicionamento de marca,
  3. RH: uma iniciativa para reenergizar e promover uma mudança de comportamento dos atuais funcionários da empresa e/ou identificação de novos talentos no mercado.
  4. Todas anteriores

Mas é importante saber: não tem mágica. O que você colhe é proporcional ao quanto se planta/ investe. Existe método e expertise específica necessários para maximizar o impacto da iniciativa. Um evento bem sucedido precisa do tema/ desafio, ambiente, divulgação e heterogeneidade de grupos.

Vale considerar se associar a outros players do setor com experiência no tema e evitar “reinventar a roda”.

Rizzo

H: Como você vê o crescente interesse dos ventures capital na área da saúde?

FR: Vejo com muito bons olhos. Boas ideias precisam de investimento para sair do papel. Ideias disruptivas precisam de investidores dispostos a correr maiores riscos.

Precisa-se investir muito tempo, suor e capital para criar as novas corporações que irão transformar a forma como se provê saúde no mundo. Já vimos corporações capazes de reinventar indústrias inteiras em curtíssimos espaços de tempo (Facebook, Amazon, Uber, AirBnB, WeChat, Netflix, etc). Me parece que o setor de saúde provavelmente será o próximo a passar por uma dessas grandes transformações.

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Sobre Fernando Cembranelli

CEO e Founder do HIHUB🌎Health Innova HUB✨HUB Digital Inovação & Saúde Médico pela UNIFESP, com Residência Médica, em Administração Hospitalar, pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e MBA pela Duke University, com foco em Healthcare Management (fernando@hihub.tech)

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