A inovação aberta na saúde é uma forma de inovar a partir de recursos externos à organização. Sua prática traz mais eficiência, ajuda a entender melhor as necessidades dos pacientes e torna a inovação em saúde mais democrática.
A saúde é tradicionalmente uma área conservadora. Compreensível, afinal, profissionais de saúde lidam com grandes responsabilidades. No entanto, o mundo está mudando e a oferta que temos hoje em soluções tecnológicas pode contribuir na melhoria dos serviços de saúde, tanto à nível de gestão, quando nos cuidados com os pacientes.
Ao se fecharem para as inovações tecnológicas, recusando-se a atualizar processos e estratégias, gestores perdem grandes oportunidades de trazer mais qualidade para a jornada de seus pacientes e melhores condições de trabalho para os profissionais.
Ainda hoje, a baixa digitalização das instituições de saúde é uma das principais causas de erros operacionais, que levam a grandes perdas de receita.
Mais do que nunca, a transformação digital na saúde se sobressai como o melhor caminho para que instituições de saúde possam entregar um serviço que de fato resolva as dores de seus clientes – os pacientes.
Como inovar na minha instituição de saúde?
Muitas vezes, ainda que gestores percebam a necessidade urgente de automatizar processos, fazer transformação digital e investir em inovação, é comum enfrentar resistências na organização, seja por parte do corpo clínico ou das equipes administrativas e áreas de negócio. Uma cultura analógica pode matar as iniciativas de mudança.
Se é difícil começar a inovar de dentro, com os recursos disponíveis na sua instituição de saúde, uma opção pode ser adotar a estratégia de inovação aberta.
O que é Inovação Aberta
O termo inovação aberta, ou open innovation, foi cunhado por Henry Chesbrough, em 2003. O professor define o conceito como “o uso de fluxos de conhecimento internos e externos para acelerar a inovação interna e expandir os mercados para o uso externo de inovação, respectivamente”.
Ou seja, a inovação aberta é uma forma de inovar – e incentivar a cultura de inovação internamente – a partir de recursos externos à organização.
Dentre as principais vantagens, encontramos:
- A redução de tempo para desenvolver e lançar novas soluções
- A criação de novos mercados;
- Novas ideias e soluções inovadoras;
- Melhor compreensão sobre as necessidades dos pacientes;
- Ampliação das trocas de conhecimento;
- Redução de custos;
- Democratização das inovações em saúde;
- Incentivo à cultura interna de inovação;
- Mais eficiência nos processos de inovação.
Contribuições da Inovação Aberta na saúde
A inovação aberta na saúde pode ser realizada por meio da colaboração entre duas ou mais empresas privadas como, por exemplo, instituições privadas de saúde e startups, entre em instituições públicas de saúde e empresas privadas, e até mesmo entre instituições, públicas ou privadas, e o público em geral.
Seja qual for o tipo de parceria, o foco deve ser tornar a inovação em saúde mais rápida, barata, direcionada às necessidades dos pacientes e mais escaláveis. Deve também garantir democracia no desenvolvimento de novas soluções. Para isso, o ideal é sempre trabalhar com times multidisciplinares e estar aberto para receber novas ideias e contribuições dos usuários dos serviços.
Quer uma dica? Utilize o design thinking!
Podemos inovar na saúde a partir da invenção de novas formas de cuidado, prevenção de doenças ou em gestão, através de políticas, processos, novos modelos de negócios, cultura e novas tecnologias. As oportunidades são amplas e a necessidade também.
Por isso, na prática da inovação aberta, pretende-se resolver a ineficiência de um setor que costuma ter:
- processos morosos e burocráticos;
- altos custos;
- falta de direcionamento;
- dificuldade em criar soluções realmente inovadoras;
- dificuldade em escalar boas soluções;
- baixa participação de profissionais não médicos na criação de novas soluções.
Como fazer Inovação Aberta na Saúde
Há diversas formas de iniciar o processo de inovação aberta na sua instituição de saúde. Por exemplo, por meio de pontos de escuta dos pacientes, para entender suas dores e criar novas soluções; da co-criação de novos produtos e serviços em parceria com startups; ou suportando iniciativas empreendedoras em programas de investimento, mentoria ou aceleração.
Criar comunidades/plataformas de escuta para pacientes e comunidades
A criação de laboratórios e comunidades de inovação pode ser uma forma de contar com sua base de pacientes e comunidade local para entender as necessidades reais da população atendida e receber sugestões de possíveis soluções.
Co-criar novos produtos e serviços
Outra alternativa é criar parcerias com hubs de inovação e startups para co-desenvolver novos produtos e soluções inovadoras. Para grandes empresas, a parceria com startups pode trazer oxigenação e novas ideias. Elas podem aprender desde metodologias ágeis às estratégias digitais e formas de criar e sustentar uma cultura de inovação.
Por outro lado, as startups também podem aprender com a experiência acumulada das grandes empresas de saúde. Parcerias como essas trazem benefícios para ambos os lados.
Suportar iniciativas empreendedoras
Uma terceira forma de fazer inovação aberta na saúde é investir em iniciativas empreendedoras com alto potencial.
Grandes instituições de saúde podem prestar suporte a empreendedores a partir de investimento, mentoria, programas de aceleração, hackathons e co-participação nos projetos, por exemplo.
Conclusão
Neste momento de crise, pessoas e negócios precisaram se reinventar. É possível então, aproveitar o período para criar estreitar laços de parcerias e buscar por novas ideias, que podem, inclusive, tornarem-se oportunidades de negócios.
Assim, optar pela inovação aberta pode ser uma forma de encontrar novas formas não só de inovar com mais segurança, como também de trazer mais qualidade para a jornada dos seus pacientes e novas fontes de receita para a sua instituição de saúde!
Quer ver mais conteúdos como este? Conheça o blog da RedFox e confira nossos artigos sobre tecnologia na saúde. Aproveite também para seguir a RedFox nas redes sociais
(Facebook, Instagram, Linkedin)
Autora: Isabela Abreu
CEO & FOUNDER REDFOX SOLUÇÕES DIGITAIS
Empresa especializada em Transformação Digital na Saúde.
RedFox Soluções Digitais