Essa realidade me causa arrepios. Realmente o Brasil é o País da piada pronta. Isso, pois a inobservância das medidas preventivas e dos regramentos sanitários determinados pelo poder público podem fazer com que o empregador não só se veja diante de uma confrontação sob a perspectiva humanitária, como também trabalhista, e, não menos raro, diante de figuras criminais.
Em tempos de tanta incerteza, uma coisa é certa: uma série de cuidados adicionais devem ser adotados pelas empresas que se preparam para a futura retomada de atividades pós-distanciamento social. Os seus representantes legais, executivos e os responsáveis pela condução e gerenciamento das áreas de compliance e, principalmente, de Recursos Humanos, precisam ter claro que o retorno deve ocorrer com a observância de novas regras sanitárias e em um ambiente que mitigue os riscos de contaminação dos funcionários.
O diagnóstico está dado?.
À pandemia tem provocado os representantes dos representantes dos setores de saúde pública e privada para saber quem irá pagar a conta do coronavírus.
Hospitais reclamam do esvaziamento das consultas, exames e cirurgias eletivas como se os pacientes tivessem escolha nesses últimos 3 meses. Na minha jornada como especialista em direito e saúde para consumidores contabilizei a perda de 12 clientes que tiveram que buscar o acesso ao tratamento emergencial e acabaram falecendo após contaminação em fase de recuperação de cirurgia ou tratamento.
Mudanças culturais estão em jogo como a do diálogo e a efetiva integração entre as esferas pública e privada; conscientização da população para a importância da prevenção e promoção à saúde, além do conhecimento do funcionamento do sistema e; obviamente, novas políticas de remuneração e financiamento.
Medicina reativa não terá mais espaço no novo amanhã. Ou seja, o paciente só procura o médico quando ele já está com algum sintoma. Se levarmos em consideração que quase 70% dos brasileiros não têm convênio médico, a busca por ajuda pode acontecer muito tarde.
À pandemia nos trouxe , a tendência de uma relação médico-paciente se mais colaborativa. Já que com as informações muito mais acessíveis, os médicos deixarão de ser os únicos detentores do conhecimento.
Cordialmente
Adriana Leocádio Especialista em saúde e marketing
