Pesquisa, informação, big data, nuvem, engajamento, segurança. Temas e ações que estão em pauta nos últimos anos de uma forma aparentemente nova.
O Google atualmente possui os 2 maiores portais de busca, contando com o próprio buscador ‘Google’ em 1° lugar e o Youtube em 2°. A questão é que o Google virou referência em pesquisa antes do Boom de Big Data, Analytcs e outros meios de análise de dados, o que o classificou inicialmente a uma simples enciclopédia, e o tornou hoje em uma das maiores empresas do mundo, com dados de bilhões de usuários em todos os continentes.
As questões éticas ainda são extremamente relevantes, e a legislação está cada dia mais sólida, porém o fato de poder/ser um influenciador em diversos níveis da sociedade, torna o Google – Facebook, LinkedIn, Uber, Apple etc – em um dos players mais importantes de qualquer ecossistema, trazendo a tona a questão desse artigo: Como prever o futuro com base em um histórico passado?
Atrás – talvez – dessa resposta, a Deloitte promoveu um estudo prevendo o futuro com base nas discussões do passado. Uma análise histórica que, apesar de utilizar um curto espaço de tempo, auxilia a entender a demanda do mercado e as mudanças em diversos segmentos.
Novamente, o Paciente Digital
O termo Paciente 2.0 já está ficando ultrapassado, mas Paciente Digital continua trazendo a ideia de que com a digitalização de tudo, o paciente consequentemente estaria apto a buscar, entender, discutir e criticar os pareceres dos médicos.
A questão ainda é questionável em países em desenvolvimento, como Brasil, mas, assim como a telemedicina, é uma solução que deve ser debatida e integrada aos demais serviços.
Como escrevi na Parte 3 da Série Tendências, os grandes players de saúde devem entender o movimento e auxiliar o paciente a alcanças a informação correta, evitando que pseudo-sabedores influenciem as decisões da população.
O estudo mostra que em 2020, o paciente não só buscará informação como também buscará saúde. O paciente terá um tratamento personalizado, de acordo não só com o seu orçamento, mas com suas restrições de saúde e de tempo.
A redução nos valores de plano de saúde relacionada a qualidade de vida do usuário já estará consolidada. As empresas terão que buscar o usuário mapeando seus acessos, suas buscas e suas atividades, em redes sociais e wearables.
De fato, o paciente estará empoderado a nível de empresas repensarem seus modelos de negócio, podendo – talvez você já tenha visto isso – inclusive disponibilizar produtos e serviços de graça para entender através de uma análise de uso como esse usuário se comporta e como pode gerar valor em outras ferramentas para ele .
Esse parâmetros foram traçados de acordo com dados extraídos em 2014, aonde o consumidor se mostrava interessado em wearables, em consumir telemedicina, buscar conhecimento relevante acerca de sua saúde e disponibilizar dados para que o médico pudesse acompanhar suas atividades. (fonte: http://bit.ly/20S7pzL)
Sarah Thomas, diretora do centro de Health Solutions da Deloitte, afirma que “Enquanto as demais indústrias abraçaram a ideia de que o consumidor vem primeiro, a saúde deixou essa questão de lado.
Porém isso acabou. O reconhecimento do usuário finalmente está sendo trabalhado pelos provedores, o que auxilia no entendimento dos problemas atuais ao colocar o paciente no centro de tudo, alterando de uma abordagem paternalista para uma patient-centred (Paciente no Centro), o que redefinirá o acordo entre pacientes, provedores e pagadores.”
O que acha da análise? A mudança de mindset do paciente é real? Qual a importância dos grandes players entenderem esse movimento?
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Abraço,
Felipe Ricci