Corajosa, independente e resiliente são alguns dos adjetivos da empreendedora Lívia Cunha, CEO e Fundadora da CUCO Health, Startup nascida em 2016, e que já se reinventou inúmeras vezes, a fim de atingir seu objetivo de melhorar a vida de pacientes, de forma sustentável, escalável e, com impacto.
CLÍNICA DO AMANHÃ 2019 (18/04, IMPERDÍVEL!)
Confiram as principais lições e aprendizados desta empreendedora, nesta ótima entrevista e confira ao final sua participação, na discussão: Clínica do Amanhã On-Line: Engajamento Digital de Pacientes.
Foto: CUCO Health
A CUCO Health, é uma Health Tech que atua no cuidado e gestão de saúde preventiva, através de um aplicativo que atua como um cuidador digital para ajudar os usuários a lembrar seus medicamentos.
Confira a entrevista com a Lívia Cunha, CEO da CUCO Health.
1) Lívia, gostaria que você nos contasse quando aconteceu o “insight” para a criação da CUCO.
Eu sou filha de médico, então a minha vida inteira convivi muito com meu pai no consultório, nos hospitais, pois eu gostava muito de ir com ele nesses ambientes. Enquanto estava nesses locais, eu ficava nas salas de espera com os pacientes e observava bastante o cenário e a relação médico-paciente que ali acontecia e o que me incomodava bastante, desde pequena, é que os pacientes iam para a consulta com a expectativa de entender o que estava acontecendo com eles, mas eles saiam da consulta com a receita médica na mão sem ter ideia do que realmente estava acontecendo. Acabava, então, que eles não tomavam os medicamentos corretamente e isso me incomodava, não entendia o porquê isso acontecia. A partir disso e do meu carinho pela área da saúde, resolvi então criar uma solução para o problema que eu via.
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2) E como foi a sua trajetória empreendedora, como que a CUCO se estruturou?
Eu nunca quis ser médica, mas sempre quis ter uma empresa que trabalhasse na área da saúde. Então fiz administração na UFSC, lá eu trabalhei em uma empresa que trabalhava com empreendedorismo e inovação e comecei a conhecer e compreender a tecnologia, o que era incubadora e startup. A partir disso, vi que a única maneira de resolver o problema do uso da medicação era através da tecnologia, então comecei a construir o aplicativo ainda na faculdade como meu projeto de TCC há 4 anos atrás.
Já tive diferentes modelos de negócio, tive que pivotar a empresa várias vezes, passei por um preconceito também, pois eu era uma menina de 23 anos que não era da área da saúde e queria mudar a forma como os pacientes faziam seus tratamentos médicos, enfrentei bastante resistência, mas venho aprendendo a contornar as situações e desafios de ter uma Health Tem.
3) Quais são as ferramentas disponíveis?
O paciente baixa o aplicativo, coloca o nome do medicamento que ele toma, qual o médico responsável com o CRM e vive a experiência. O CUCO lembra todos os dias o paciente de tomar o medicamento, de cumprir o compromisso com a própria saúde, também faz alerta de interações medicamentosas (75 % do usuários tinham interação medicamentosa, devido a automedicação), tem um boot que é a bula interativa onde o paciente pode esclarecer suas dúvidas sobre o medicamento e a doença dele, o aplicativo relembra e direciona o paciente para a recompra do medicamento.
4) Como que o CUCO trabalha para que os pacientes se sintam acolhidos no uso do app e façam aderência ao tratamento?
O cuco é uma ferramenta humanizada, nós nos preocupamos muito com isso, então fizemos testes da ferramenta com os pacientes, conversamos com eles, damos atenção aos comentários que fazem sobre o aplicativo. E o mais legal é que as pessoas falam que o CuCO não é um aplicativo, mas sim um amigo e cuidador que ajuda elas diariamente.
O CUCO também manda mensagens de encorajamento, como: “Parabéns”, “Estou orgulhoso”. Quando os pacientes se desmotivam com o tratamento, a ferramenta manda mensagens relembrando sobre a importância de tomar a medicação, manda email para os cuidadores avisando da falta de adesão ao tratamento, e estamos testando um desconto diferenciado para que eles comprem o medicamento novamente e voltem a fazer uso dela.
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Muito obrigada,
Nathália Corá
Acadêmica do 2 Ano de Medicina da IMED (Passo Fundo/RS)
Fernando Cembranelli
