Depois de citar tecnologias, soluções e pesquisas na Parte 1 e Parte 2 da série Tendências, é importante detalharmos as mudanças no comportamento dos usuários em relação a sua saúde, e como os players devem trabalhar com isso.
O Paciente Digital, ou Paciente 2.0, é uma consequência do mundo conectado, aonde smartphones são itens de primeira necessidade, wearables estão em expansão – principalmente em países desenvolvidos – e a informação é consumida a todo momento, com pouca análise critica do conteúdo.
No último Report disponibilizado pela Deloitte acerca do ecossistema de Saúde, uma das conclusões mais interessantes é que o movimento de “auto-conservação” já teve um início sólido em diversos países.
O Paciente Ativo
A Smart Health Care é uma tendência em total expansão, com adeptos conscientes e inconscientes.
A utilização de novas ferramentas para controle da saúde – apps, wearables, coaches, plataformas – trouxe uma quantidade de dados inimaginável a saúde, extrapolando o limite de processamento.
O estudo da Deloitte trouxe 3 pontos importantes:
Parte dos pacientes querem um atendimento objetivo, focado; a outra parte prefere um atendimento personalizado, com envolvimento mais profundo do médico.
A maioria das pessoas se encontra na 2a opção.
Porém, o que é unanimidade entre os pacientes pesquisados, é que o paciente se sente cada vez mais conhecedor de sua condição e de sua saúde. Tratá-lo como um paciente ativo é necessário, dando-lhe explicações e caracterizando o seu estado.
Disseminação de conhecimento
A idade das pessoas tem prolongado a níveis nunca antes vistos na humanidade, e essa questão não é só influenciada pela tecnologia, pesquisas, diagnósticos, etc, mas como também pelo engajamento do paciente e busca pelo conhecimento.
Um método importante de divulgação de informação são os blogs, sites, matérias, meios de comunicação profissionais de grandes players da saúde. O nível de conhecimento e grau de impacto de grandes corporações pode diminuir com as notícias falsas – Fake News – o que favorece o Paciente 2.0, facilitando inclusive o serviço de médicos, hospitais, farmacêuticas e demais players da área.
Apesar do crescente engajamento do paciente – especificamente em países desenvolvidos, mas com crescimento já visível em países em desenvolvimento – o aumento da idade das pessoas, além de problemas já existentes, como sedentarismo e obesidade, promove outras doenças, principalmente doenças crônicas, como câncer, diabetes, problemas coronários e neurológicos.
Aumentar a informação acerca de tais pontos é interessante para todos os stakeholders do setor, podendo utilizar os dados de processamento para outros fins, como criação de produtos/soluções correspondentes ao seu paciente.
Como melhorar o processo de transformação
Em uma área tão complexa como a da saúde, qualquer movimentação pode causar um terremoto. A questão é: como todos os players podem se movimentar para transformar a saúde de forma sólida?
A própria Deloitte traz algumas reflexões que podem nos auxiliar nessa jornada:
- Compreender, integrar e complementar os novos modelos de negócio, as novas políticas de saúde e a regulação complexa que existe no setor;
- Investir em tecnologias emergentes para redução de custos, aumento do acesso e melhora na entrega da saúde;
- Mudança estratégica de foco no volume para foco em Valor;
- Aumentar o engajamento do consumidor e melhorar a UX;
- Moldar a mão-de-obra para o futuro.
Para acompanhar o Report completo da Deloitte, acesse: http://bit.ly/2iCKU0U
Com isso, encerramos a série “Tendências na Saúde”. Espero ter auxiliado na compreensão do panorama geral para os próximos anos.
Em um próximo artigo, detalharemos o estudo da Deloitte, além de introduzir um outro relacionando os avanços no setor para 2020.
Quais as suas expectativas para 2018 e para os próximos anos? BioTech já é realidade? O paciente empoderado está transformando o modo como os médicos e hospitais se relacionam com ele?
Comente!
Abraço,
Felipe Ricci
De todas as três perguntas eu considero a terceira mais próxima da nossa realidade. Mas sim, apenas com o acesso a informação, o paciente empodeirado está transformando as relações no ambiente de saúde. A biotecnologia só vai agregar ferramentas.
[…] escrevi na Parte 3 da Série Tendências, os grandes players de saúde devem entender o movimento e auxiliar o paciente a alcanças a […]